A mulher, o estereótipo e a publicidade.

Apesar de muitos acreditarem que não, a representação da figura feminina na mídia, ainda nos tempos de hoje, é basicamente apenas associada a produtos de limpeza e propagandas de cerveja.

Estes velhíssimos estereótipos só desvalorizam cada vez mais a imagem da mulher, reforçando a idéia ultrapassada de mulher-objeto, ou que não saímos ainda da cozinha. Assim, como se ainda quisessem dividir o mundo entre “Coisas de mulher” e “Coisas de homem”. O futebol, por exemplo, é coisa de homem, já novela é coisa de mulher.

Será?

Já que toquei no assunto, lembrei-me de uma tirinha da marca de sabão Ariel, pertencente à empresa P&G, cujo publicou na internet alguns quadrinhos, e neste mostrado abaixo eles quiseram mostrar como “a mulher também torce”.

É mulher torce sim, mulher torce roupa!

Outras propagandas também são corriqueiramente bombardeadas com criticas, e as de cervejas são campeãs. Conhecidas por estarem sempre recheadas de corpos femininos dourados e de biquíni, são os comerciais que mais são lembrados pela “estereotipação” explicita.

Uma bela estrategia de marketing, porém esse tipo de propaganda pode gerar desconforto.  E foi  exatamente o que aconteceu com a cerveja Skol, que no carnaval de 2015 lançou uma campanha com outdoors cujo traziam mensagens do tipo “Topo antes de saber a pergunta” e “Esqueci o ‘não’ em casa”. O que gerou polemica nas redes sociais.

 Logo a publicitária Pri Ferrari e a jornalista Mila Alves, ao ver tal cartaz, adicionaram o “e trouxe o nunca”.

E uma delas ainda complementou em seu Facebook.

Depois de toda a repercussão, a empresa tirou os outdoors de circulação, adicionando novas e ainda pedindo desculpas por todo o transtorno.

O fato é que todas as campanhas estão sujeitas a opiniões, sejam ditas como validas ou não, sentir-se indignado com uma propaganda é de fato comum, alem do mais quando estes são seu público alvo.

Vanessa da Rocha Laurentino

Produção Publicitária

2015.1