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Fabricante: Alceste, |
É notório uma crescente interação entre pesquisadores e sociedade, assim as publicações científicas alimentam o debate e definem disputas sociais em jogo. Por exemplo, a reprodução humana é muito explorada pela ciência e é quem mais fomenta questionamentos sociais. A concepção do primeiro bebê de proveta no fim dos anos 70 marcou o inicio de uma nova era, embrião in vitro. Esta inovação foi uma promessa de revolução terapêutica nunca imaginada, acalorando mais ainda o tema em torno da legalidade da manipulação embrionária. Começando assim testes com as primeiras células tronco, criando a esperança do uso dessas células promovam a regeneração de tecidos nos casos de doenças degenerativas ou de paralisias que atualmente não tem cura, porém o lado mais negativo desta inovação é a destruição do embrião, motivo que esquenta o debate entre a sociedade. Foi identificado tendencias de discurso sobre embrião: o embrião como um ser moral, o embrião como uma "pessoa humana potencial" e o embrião como "entidade biológica".

O que não podemos negar é que o controle da vida é um tema de disputa na sociedade moderna e que diferente de outras épocas onde existia poderosos que determinavam poderia ou não viver. Diante desta nova tecnologia chegamos a era do biopoder, agora teremos novos atores como: médicos, governos e poder. O poder que necessita de reguladores e corretores da vida. Segundo o ginecologista Aníbal Faundes, coordenador do comitê de Direitos Sexuais e Reprodutivos da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, o aborto até a 12ª semana de gestação causa menos risco à mulher e há consenso entre os médicos de que não existe atividade cerebral no feto desta idade.
No nosso cotidiano podemos ver a imprensa tentando de todas as maneiras mostrar o nível de risco dos abortos clandestinos, tanto para a mulher como para o feto e aos cofres públicos, porém isto pode ser uma maneira de formar a opinião da sociedade sobre a despenalização do aborto. Já os religiosos contestam alegando e divergindo com os cientistas de que a vida humana surge no momento da concepção.
Segundo os autores o resultado encontrado mostram que a discurssão sobre este dois temas: aborto e manipulação cientifica de embriões, aparecem como temas distintos e se faz necessário estudos muito mais profundos na construção social do embrião como objeto de pesquisa no Brasil.
Stephan Gomes
P.Publicitária
Cisne 2015.1
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722008000300014&lang=pt
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